Crescimento Energético no Brasil
Category : Elétrica
Vamos fazer uma pequena análise sobre o crescimento energético no Brasil.
É importante refletirmos sobre as mudanças que ocorreram na demanda de energia elétrica ao longo das décadas. No passado, embora muitos aparelhos consumissem mais energia do que os modelos atuais, a quantidade de dispositivos presentes nas residências era muito menor, especialmente considerando o número de habitantes por domicílio. Muitos dos equipamentos que usamos hoje sequer existiam naquela época.
Por exemplo, o chuveiro elétrico, que historicamente foi considerado o grande vilão do consumo de energia, é uma realidade mais presente nas regiões Centro-Sul e Sudeste do Brasil.

Região Centro-Sul
Em contrapartida, nas regiões Norte e Nordeste, o chuveiro elétrico é pouco utilizado, pois o clima quente durante o ano todo torna desnecessário o aquecimento da água. Mesmo nas regiões onde o chuveiro é comum, as potências não eram tão altas quanto as de hoje. Naquela época, a maioria dos chuveiros tinha potências de 4400W, e apenas alguns modelos chegavam a 5500W. Não havia modelos com potências maiores, como temos atualmente.
Em muitas residências, a tensão de fornecimento das Concessionárias era por volta de 103 volts devido à queda de tensão e ao Sistema Elétrico de Potência deficitário, obrigando os clientes a utilizarem estabilizadores de tensão residenciais.

Estabilizador de Tensão – década de 70
Outro ponto importante: as televisões, embora grandes consumidoras de energia, eram um item menos acessível à maioria da população. Além disso, as lâmpadas incandescentes, conhecidas por seu alto consumo de energia, estavam presentes nas residências, mas devido ao tamanho das casas e à quantidade de lâmpadas utilizadas, o impacto no consumo não era tão grande.

Nos dias atuais, a introdução da tecnologia LED trouxe uma revolução no consumo de energia, permitindo uma eficiência muito maior.

Lâmpada LED
No entanto, apesar de algumas cargas atuais serem mais econômicas em relação aos modelos antigos, o volume de aparelhos em funcionamento nas residências, em função do aumento populacional, trouxe novos desafios para a rede elétrica. Problemas como harmônicas,

Harmônicas
afundamento de tensão e interferência eletromagnética, que antes eram praticamente inexistentes, tornaram-se mais evidentes devido ao grande número de dispositivos conectados e em uso simultâneo.
Com a chegada das lâmpadas fluorescentes,

Lâmpadas Fluorescente Tubular
que inicialmente eram caras, mas com o tempo se popularizaram, a situação se complicou ainda mais. Apesar de seu custo-benefício no consumo de energia, elas também geraram impactos na qualidade da energia elétrica, devido à “sujeira” que introduziam na rede, como distúrbios harmônicos.

Transientes
Ao longo do tempo, o aumento da população e a consequente demanda por produtos, incluindo aparelhos eletroeletrônicos, alimentos e outros itens, elevaram consideravelmente o consumo de energia. Isso exigiu não só mais investimentos na infraestrutura elétrica, mas também uma maior capacitação dos profissionais da áreaEquipe de Linha Viva

Equipe de Linha Viva
Portanto, apesar de muitos equipamentos atuais serem mais econômicos em comparação com os antigos, a quantidade de dispositivos, a diversidade de tecnologias e os problemas decorrentes dessa evolução geram uma demanda mais complexa para o sistema elétrico, que precisa ser monitorada e aprimorada constantemente.

Centro de Operação da Distribuição
Em resumo, não podemos afirmar que a elétrica de antigamente era mais fácil ou mais difícil, mas certamente, assim como hoje, sempre exigiu conhecimento e um alto nível de aperfeiçoamento dos profissionais da área.

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